30/10/2020
A pergunta é provocativa, e não poderia ser diferente. Há anos percebemos que existem clubes afundados em dívidas.
Diante de tantas falhas por parte de algumas agremiações, o modelo de clube – empresa realmente é a solução?
Hoje, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, existem aproximadamente 800 clubes profissionais no Brasil.
Diante deste grande universo de clubes, não tenho dúvidas que um único modelo não seria adequado a todos.
Independente do enquadramento destas agremiações, o que precisa ser feito por parte de cada uma delas é uma gestão profissional.
O caminho passa por implementar governança corporativa e compliance em toda a instituição. Ir ao mercado para contratar profissionais que comprovadamente tenham experiências teórica e prática em suas especialidades.
Cobrá-los baseados em metas, planos de ação, indicadores e resultados acordados no planejamento. Sem estas ações, é impossível reverter administrações mal sucedidas.
Antes de mais nada cito alguns exemplos bem sucedidos de clubes no Brasil, começando por Flamengo, logo depois Athlético Paranaense, Bahia, Ceará e Fortaleza por exemplo.
Interessante observar que nenhum desses clubes é regido pelo modelo de clube-empresa até agora, o que nos mostra que a solução não está no regime adotado pelos clubes e sim na forma como ele é gerido em seu dia a dia.